Quero um bate-papo na esquina
Eu quero o Rio antigo
Com crianças na calçada
Brincando sem perigo
Sem metrô e sem frescão
O ontem no amanhã
Eu que pego o bonde 12 de Ipanema
Pra ver o Oscarito e o Grande Otelo no cinema
Domingo no Rian
Me deixa eu querer mais, mais paz
Um pregão de garrafeiro
Zizinho no gramado
Eu quero um samba sincopado
Taioba, bagageiro
E o desafinado que o Jobim sacou
Quero o programa de calouros
Com Ary Barroso
O Lamartine me ensinando
Um lá, lá, lá, lá, lá, gostoso
Quero o Café Nice
De onde o samba vem
Quero a Cinelândia estreando "E o Vento Levou"
Um velho samba do Ataulfo
Que ninguém jamais gravou
PRK 30 que valia 100
Como nos velhos tempos
Um carnaval com serpentinas
Eu quero a Copa Roca de Brasil e Argentina
Os Anjos do Inferno, 4 Ases e Um Coringa
Eu quero, eu quero porque é bom
É que pego no meu rádio uma novela
Depois eu vou à Lapa, faço um lanche no Capela
Mais tarde eu e ela, pros lados do Hotel Leblon
Um som de fossa da Dolores
Uma valsa do Orestes, zum-zum-zum dos Cafajestes
Um bife lá no Lamas
Cidade sem Aterro, como Deus criou
Quero o chá dançante lá no clube
Com Waldir Calmon
Trio de Ouro com a Dalva
Estrela Dalva do Brasil
Quero o Sérgio Porto
E o seu bom humor
Eu quero ver o show do Walter Pinto
Com mulheres mil
O Rio aceso em lampiões
E violões que quem não viu
Não pode entender
O que é paz e amor
O bom mesmo é desvendar os segredos da vida Se enganar, acertar, perder e ganhar O importante é que seja de coração limpo
Para que o coração esteja pronto pra aprender e ensinar.
Carioca nascido em Niterói, teve inicio na sua carreira musical, em São Gonçalo, Rio de Janeiro.
música foi apresentada por seus pais, aos fins de semana com lp's
de Roberto Ribeiro, Clara Nunes, Partido Em Cinco entre outros mestres da MPB.
O momento da pratica foi primeiramente como autodidata no Cavaquinho, aos 12 anos.
Posteriormente, aos 14, seu mestre foi Alexandre Campos com aulas de violão.
Já com 17 nos se mudou para Brasília, lá que com apoio de seu tio Brito do Cavaco
começou a criar sua primeiras baixarias no violao de sete cordas.
No decorrer dessa ainda curta estrada acompanhou os músicos:
Marquinhos Satã, Flavinho Silva, Toninho Gerais, Roberto Serrão, Aline Calixto,
Renata Jambeiro, Evandro Barcellos, George Lacerda, Dudu Nobre, Dhi Ribeiro, Marcio Marinho,
Léo Benon, Dudu Maia, Trio Caraíva, Coisa Nossa Makley Matos e é músico atuante no cenário cultural candango.
Discos gravados:
Trio Caraíva, Brasilienses, Feijão de Bandido, George Lacerda, Coisa Nossa e Kris Maciel.
A trajetória como compositor começou a ser traçada em junho 2011.
POBRE VIAJANTE Dudu 7 Cordas
Comi um pão de queijo fui parar em minas
Aquela feijoada me lembrou Dois rios
E com acarajé que é coisa da Bahia
Fui tomar um chimarrão pra não morrer de frio
Uma caipirinha pra ajudar a descer
O tanto de coisas boas desse meu Brasil
E eu não posso deixar guaraná, o pequi, o açaí e doce buriti
Tem gente que vai pra todo lado do mundo
Esquece que aqui é bom de se viver
Acabar com o pecado só por um milagre
Pelos cantos da terra violência se vê
Não estou tentando arrumar desculpas
Tão pouco criar um debate banal
É apenas a visão de um pobre viajante
Que não larga o seu país e sempre lê jornal
PROCURE OUTRO SAMBA Dudu 7 cordas
Você disse tudo mulher
Com seu jeito sério de olhar
De agora em diante, eu vou de min cuidar
Mas as conseqüências virão, conversar com a sorte
E no dia certo, a gente vai se encontrar
E a chance da sua vida
Era comigo ficar, mas você não deu espaço
Quando quis te apresentar
Um mundo cheinho de amor
Prontinho para te guardar
É que a sua criação, tão nobre não deixa você desfrutar
Embora não esteja comigo
Tão triste não pode ficar
Você mesma escolheu, da boa intenção não pegar
Palavras sem muito calor, agora vai ouvir
E não pise no meu samba
Que eu quero a mais bela cabrocha aplaudir
Cantora de voz potente, Kris Maciel, iniciou a carreira artística em 1999. Na ocasião, fazia coro no Grupo de Pagode “Unidos do Samba”, mas logo se tornou a voz principal e recebeu convites para integrar outros grupos.
Com o grupo “Raça Popular”, destacou-se em festas e casas de shows de Brasília, onde participou das aberturas dos shows do grupo “Pique Novo” e do músico carioca “Mauro Diniz”.
Durante a copa de 2006 a brasiliense, filha de cariocas e sobrinha de músicos, se juntou aos músicos do grupo de samba Regra Três e ao final do mesmo ano saiu em viagem até São Luis – MA, onde caíram nas graças do público e retornaram no ano seguinte para outra temporada de shows.
É a idealizadora do projeto “Nós Negras”, apresentado em datas importantes para o movimento negro e o Dia Internacional da Mulher,destaque para a apresentação do dia 1º de maio de 2008 (Dia do Trabalhador) na Esplanada dos Ministérios. Em novembro de 2008, o show foi apresentado na cidade mineira Paracatu, por ocasião do Dia da Consciência Negra. Em outubro de 2010 o projeto chega ao fim com uma apresentação na sala FUNART, dentro do projeto “Na linha do tempo.
Abrindo o ano de 2010, apresentou-se no Calaf pelo projeto “Samba na Cozinha virou carnaval”. No Carnaval, fez uma maratona de shows nas cidades satélites: Candangolândia, Núcleo do Bandeirante, Águas Claras e Guará, junto a Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Em abril de 2010, na comemoração dos 50 de Brasília, apresentou-se pelo projeto “Brasília, outros 50 Anos. Em outubro de 2010, realiza o show: “Do morro, das vilas, da vida”, no Clube do Choro de Brasília, arranjado pelo músico, Rafael dos Anjos.
Em 2011, muitas apresentações nas casas de show de Brasília, como Bar Brahma, Choperia Maracanã, Roda do Chopp, Aldeia, Aruc, Semente da Vila e Arena Futebol Clube. Também participou do Samba Solidário, em prol das vítimas da tragédia Fluminense no início do ano, e do projeto “Elas”, junto com o grupo Saia Bamba, pelas comemorações do mês da mulher.
Começando os trabalhos de 2012, apresentou-se no 1° festival de artes de Brasília, pela Secretaria de Cultura do DF, em 05 de fevereiro na Sala Vila Lobos do Teatro Nacional. No dia 10 de março, em comemoração ao dia internacional da mulher, integrou-se ao projeto “As meninas do Semente”, participando assim da edição especial do Samba do Semente da Vila dedicado ao mês das mulheres, e na oportunidade divulgando o seu primeiro cd intitulado “Sou o Samba”, arranjado por Rafael dos Anjos e direção vocal de Mirian Marques.
Agora chegou a vez, vou cantar
Mulher brasileira em primeiro lugar Norte a sul do meu Brasil
Caminha sambando quem não viu
Mulher de verdade, sim, senhor
Mulher brasileira é feita de amor
Viva a mulher, viva sua doçura, viva seu encanto e viva sua majestade...