Motivos para celebrar, temos todos os dias. E hoje, especialmente, 31 de julho é o Dia Internacional da Mulher Africana. Data instituída em 1962, em
Dar-Es-Salaam, Tanzânia, por 14 países e oito Movimentos de Libertação
Nacional, na Conferência das Mulheres Africanas.
Sem a presença da mulher africana no Brasil não teríamos samba, religião de matriz africana, saberes ancestrais de como lidar com as as folhas, não teríamos algumas das melhores comidas como feijoada e acarajé, jongo, quilombo, axé. As mulheres africanas que aqui chegaram sem nada nas mãos, quase sem roupa no corpo, sobreviveram a todo tipo de violência, algumas que permanecem hoje e contra as quais lutamos juntos, para nos permitir ser como somos. Cada mulher africana que sobreviveu e gerou vida no Brasil nos permitiu estar vivos agora. São nossas ancestrais, nossa força que pulsa. Por isso, nós descendentes de africanos lutamos tanto e não perdemos o dom da alegria, do ritmo, da fé, somos filhos de maravilhas de África, as sobreviventes de longas jornadas nos navios negreiros, canaviais, plantações e cozinhas.
Hoje essas mulheres lutam para estar em todos os lugares, profissões, sem violência e com liberdade. Me orgulho de fazer parte do caminho de algumas dessas irmãs, com quem aprendo e divido minha vida, minha música, minha fé, minha amizade.
Obrigada, filhas e maravilhas de África! Agradeço pela minha vida e pela dos filhos e filhas que terei um dia, seus descendentes, que ensinarei a honrar essa preciosa herança.
Banda Reflexu's - Mulher Negra
Eu me orgulho de ser
Uma mulher negra
Eu tenho kelê
Eu tenho a dijina
Minha vó que foi rainha
Minha mãe que é princesa
Eu me orgulho de ser
Uma mulher negra
Eu tenho kelê
Eu tenho a dijina
Esse canto de ancestral
Foi Zánzi que me ensinou
Esse canto é todo negro
Com a força do meu amor
Axé ayê auweto
É zan zan zan
Axé ayê auweto
É Zambi ê
É Zambi na quetrecá
É Zambi ê
Uma mulher negra
Eu tenho kelê
Eu tenho a dijina
Minha vó que foi rainha
Minha mãe que é princesa
Eu me orgulho de ser
Uma mulher negra
Eu tenho kelê
Eu tenho a dijina
Esse canto de ancestral
Foi Zánzi que me ensinou
Esse canto é todo negro
Com a força do meu amor
Axé ayê auweto
É zan zan zan
Axé ayê auweto
É Zambi ê
É Zambi na quetrecá
É Zambi ê
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