Zumbi, Zumbi, Zumbi... Preto
Velho dos Palmares
Zunzumbio pelo infinito
Pela prece dos aflitos fez o povo
se armar
Se armar de dignidade, esperança
e vontade de se libertar
Liberdade pra igualdade pra
injustiça não reinar
Liberdade pra igualdade pro
negro não mais chorar
Canto das três raças
Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor no canto do Brasil
Um lamento triste sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro e de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz de paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
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